Fora de Pista - Destroços A330 encontrados

O Estado-Maior das Forças Armadas Francesas e o ministro da Defesa brasileiro confirmaram que os destroços encontrados no Atlântico pertencem ao A330 da Air France, que fazia a ligação entre o Rio de Janeiro e a capital francesa, Paris.

As investigações técnicas sobre o acidente ficaram sob a responsabilidade do governo francês. O Brasil ficou responsável pela procura dos corpos, resgate de vítimas e destroços.

Os destroços encontrados situam-se numa área que se estende por 5 mil metros a aproximadamente 400 milhas (cerca de 740 km) da ilha Fernando Noronha.

Sabe-se agora que os pilotos do voo AF 447 não seguiam à altitude prevista no seu plano de voo quando o avião foi detectado pela última vez à passagem pelo radar de Fernando de Noronha, às 22:48 (hora de Brasília) de domingo.

Recorde-se que o voo 447 da Air France desapareceu sobre o oceano Atlântico na noite de domingo (dia 31), com 228 pessoas a bordo. O avião descolou por volta das 19 horas do aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, com destino a Paris e fez o último contacto com o comando aéreo brasileiro por volta das 22:30.

Elaborado antes da descolagem, o plano de voo previa que o Airbus deveria subir de 35 mil pés (10,7 km) para 37 mil pés (11,3 km) depois de passar pelo ponto virtual Intol (565 km ao norte de Natal), no entanto, ao passar por este ponto o avião manteve-se a 35 mil pés. O motivo é ainda desconhecido.

Após a área de controle de Noronha, calcula-se que o voo 447 tenha enfrentado uma grande tempestade. Não há causas exactas sobre o que terá derrubado o avião, mas há certezas de que tenha sofrido uma avaria eléctrica, porque o piloto alertou para tal durante o voo.

A FAB (Força Aérea Brasileira) já fez saber que dois investigadores franceses já estão no Brasil para apurar as causas do acidente, com apoio do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

Para o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, as buscas devem concentrar-se sobre a caixa-negra, que pode estar situada a uma profundidade que varia entre 2.000 e 3.000 metros no oceano Atlântico. Como a caixa-negra deverá estar nas profundezas do Atlântico, o seu resgate pode ser demorado.

A Air France, prepara-se para divulgar esta quarta-feira a lista oficial com os nomes dos ocupantes do avião. Porém, a lista poderá ser incompleta já que, alguns familiares das vítimas manifestaram não querer ver os nomes dos seus ente queridos divulgados.

Ainda assim, sabe-se que ao todo havia ocupantes de 32 nacionalidades no avião.

Fonte:Correio da manhã